sábado, 31 de dezembro de 2011

Naufragio no mar dos Açores.


Em Março de 1842, um navio americano carregado de ferro da Suecia com destino a Boston naufragou a 80 milhas a oeste do faial, salvando-se toda a tripulação. 

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Pinhal de Óbidos - Bom Sucesso - Foz do Arelho.


Era uma vez uma floresta encantada, com duendes, fadas, unicórnios, arvores falantes...resumindo uma panóplia de seres fantásticos residentes em todas as florestas místicas que costumam existir em todos os outros lados menos perto de nós.

Mas para mim esta floresta existia, nos meus tempos de criança, no verão, os meus avós levavam-me a uma. Nela idealizei brincadeiras mil com todos os personagens que uma criança tem direito. Como qualquer pai, fiz o mesmo pelo meu filho, levei-o a visitar este local, onde as brincadeiras passaram pelo mesmo tema, cavaleiros e seres encantados. Infelizmente já não o poder fazer com os meus netos, pois esta bela floresta sofreu o destino de muitos locais onde a natureza tem o seu esplendor... a destruição. Presumo que a decisão tenha sido com base no dito progresso, quero dizer...poder económico...lucro...dinheiro.


Esta foi a prenda que o município de Óbidos me deu este Natal. Não foi a Vila Natal pois essa desaparece como a grande maioria da fraternidade humana existente neste quadra. Não entendo como conseguiram acabar com um dos mais belos pinhais que já visitei. Este pinhal era diferente dos outros, pois era composto por montes e vales, criando uma atmosfera encantada, onde a caruma se acumulava e proporcionava horas de lazer.


Esta é a minha opinião pessoal sobre o ocorrido, mesmo que presumindo que o local fosse propriedade particular deveriam os homens que comandam o concelho prever a sua continuidade. Obrigado Pai Natal da Vila Natal de Óbidos, que continues a fazer sonhar as crianças...ou não!!!

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Vapor "Rhadamantho" em Peniche.

(Vapor Inglês da mesma época)

Vapor que se refugiou junto a Peniche.

"No dia 24 de Março de 1842, ancorou na costa do sul d´este promontório, defronte da Cidadella o Rhadamantho, barco de vapor de S.M. Britannica, commandante Thomas Laen, vindo de Corfú para Londres, tendo aportado a Lisboa para a tomar carvão de pedra; e seguiu a sua viagem às 08.00 horas da manhã do dia 26, logo que foi a menos a furiosa nortia que o obrigou a procurar aquelle remanso a estação segurissima. Na tarde do dia 25 vieram a terra alguns officiaes e entre elles um comsua senhora, natural de Corfú; e procurando o Vice-Consul Britannico pediram-lhe o obsequio de os acompanhar a várias compras que queriam fazer. O Vice Consul os recebeu e tratou obsequiamente."

Imaginemos o vislumbre deste dia, com a embarcação no horizonte...

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Sinistro Marítimo do "Guadiana" no Cabo Raso.

(registo fotográfico em ilustração da época)

Em 1917 o contra-torpedeiro "Guadiana" navegava debaixo de um serrado nevoeiro, após acompanhar o navio "Pero D´Alenquer" ao norte de França. Quando cruzava o Cabo Raso encalhou nas suas proximidades.

Foram iniciados de imediato os trabalhos, com a remoção de todo o peso que possuia, nomeadamente bagagens, instrumentos de bordo, etc., tendo os vapores "Berrio" e "Cabo da Roca" iniciado o seu reboque aquando da maré cheia, com sucesso. O "Guadiana" desencalhou, tendo o seu casco dois rombos, um na prôa e outro a meia-nau.

domingo, 11 de dezembro de 2011

Enguias e o Meixão.


Voltando às enguias em Peniche, após pesquisa de um documento do Séc. XIX sobre a captura de pescado, este refere o seguinte:
"Entre esses peixes a enguia é o que abunda e propaga mais; é susceptivel de acondicionamento, com que se pode levar a remotos paízes, conservando-se perfeitamente. Logo que se pescam cortam-se em pedaços, e depois de preparadas, e mettidas em barris com vinagre e sal, exportam-se com o nome de enguia marinada. Adquirem um gosto tão agradável que na maior parte dos estados europeus fazem dellas grande consumo. As enguias estão em proporção com os outros peixes como 8 para 4."

Segundo esta descrição as enguias eram o peixe mais usual da nossa costa, o que infelizmente já não acontece. Um dos grandes factores para o desaparecimento delas é sem dúvida a captura dos seus juvenis (meixão), que actualmente se encontra proibida. Saliento ainda que caso algum indivíduo seja encontrado na faina do meixão em águas sobre jurisdição marítima é alvo de uma coima. Nas restantes águas é um crime. Não se percebe esta dualidade de critérios.

sábado, 10 de dezembro de 2011

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Naufragio da embarcação "TIMAR" no Baleal.



Mais um naufrágio na nossa costa, desta vez o "TIMAR" que segundo os tripulantes, se encontrava na faina do aparelho. Todos os anos por esta altura, a necessidade dos pescadores por melhores fainas, os faz chegar demasiado à terra, arriscando muito na zona da rebentação. Segundo foi comentado na imprensa escrita, a embarcação não se encontrava a cerca de 600 metros da costa, mas sim entre os 50 e os 100 metros da linha de água. Felizmente tudo correu bem, com a ajuda de populares, pois nem os meios da autoridade marítima conseguiriam chegar ao local do sinistro.

A primeira foto mostra o salvamento do tripulante que não conseguiu sair da ondulação pelos próprios meios. A segunda, o estado da embarcação, não pelo naufrágio em si, mas pela força da rebentação contra os rochedos.