quarta-feira, 30 de outubro de 2013

As baleias e as populações costeiras.

 
Conforme é referido numa outra mensagem neste blog, o aparecimento de baleias sem vida arrojadas na costa fazia a delicia dos localidades marítimas, pois conseguiam obter produtos aos quais não tinham acesso.
 
Mas ao contrario dos tempos atuais, em que o aparecimento de um cetáceo apenas acarreta custos, nomeadamente a necessidade de transportar para terra para não comprometer a segurança da navegação, antigamente a situação decorria muito diferentemente, conforme a notícia do ano de 1885 que abaixo transcrevo:
 
"O rebocador Victoria conseguiu encontrar a baleia que dissemos ter apparecido fóra da barra do Porto.
O guarda-mór de saúde não consentiu que a levassem para o cabedello, visto o estado de putrefacção em que ella se achava.
Como quizeram derreter a gordura do cetáceo, foi para o mar uma barca com lenha, 5 caldeiras, e 33 barris.
A baleia tem 34 metros de comprido e 8 de largura."

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Na praia...

 
Numa praia de banhos, uma beldade, que é muito cortejada,
pergunta a um velho lobo do mar:
- Capitão, porque não me faz a corte como todos os demais?
- Eu! Minha senhora. Só costumo demandar portos em que sei
que posso fundear.

domingo, 27 de outubro de 2013

Pesca da Baleia em Portugal.


Portugal sempre teve ligação com estes grandes cetáceos. Era muito usual nas comunidades costeiras aquando de arrojo fazerem de imediato o trabalho de esquartejar e aproveitar todas as partes destes grandes animais marinhos.
 
Os Açores são relembrados pela captura deste mamífero, mas no século XIV e XV esta prática era exercida no Algarve e com bastante importância para a economia regional.

sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Cura para a asma.

(Publicidade do século XIX)
 
Esta publicidade com mais de cem anos oferecia uma cura para a asma. Quantos produtos atuais nos fazem mal e só daqui a um século é que descobriremos...

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Antigos Adágios de Outubro.

(Portões de Peniche de Cima)
 
Adágios de Outubro do século XIX.
 
"Outubro, Novembro e Dezembro, não busques o pão no mar, mas torna a teu celeiro, e abre o teu mealheiro"
 
"Em Outubro treme o vinheiro"
 
"Vindima em Outubro que S. Martinho to dirá"
 
"Com a vinha do Outono, come a cabra, engorda o boi, e ganha o dono"
 
Por S. Francisco (4) semeia teu trigo, e a velha que o dizia semeado o tinha"
 
"Por S. lucas (18) sabem as uvas"
 
"Por Santa Iria (20) toma o boi, e semeia. S. Simão (28), fava na mão"
 
"S. Simão e Judas, colhidas são as uvas"

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Coletes na pesca lúdica.

 
Desde 25 de Agosto que a nova lei se encontra em vigor. Desta vez veio colocar a segurança em primeiro lugar pois por causa de alguns pagam todos. Vamos a partir de agora ser obrigados a utilizar um colete sempre que estamos na pesca num barco, tenha ele 3 metros ou mais de 20 metros. Por alguns andarem a arriscar na rebentação ou com mares revoltos, os pescadores com um pouco de juizo vão ter que transpirar...
 
A legislação obriga a envergar um auxiliar individual de flutuação sempre que estejamos a praticar a pesca lúdica. Quem não cumprir leva entre 200 euros a 2000 euros de coima.
 
Mas não é tudo, pois falta uma portaria que irá determinar o que têm que usar os pescadores de terra...


sábado, 19 de outubro de 2013

Peniche, terra de militares.

(Soldado do Regimento de Peniche)
 
Peniche sempre foi uma terra com muitos militares. Pequenas apontamentos sobre Peniche nos anos de 1762 a 1776:
 
"O capitão do 2º Batalhão do Regimento de Peniche solicitando a reparação das camas do quartel."
 
"Miguel Ribeiro da Cruz, Juiz de fora de Peniche e Atouguia informando situações ocorridas com soldados e desertores."
 
"Prisão e recondução de soldados desertores para o Regimento de Peniche."
 
"Requerimento do Almoxarife do Hospital de Peniche sobre falta de roupa para os doentes."
 
"Pedido do Almoxarife do Hospital Militar de Peniche sobre verba para continuar com os curativos dos infermos."
 
"Silvestre de Jesus Ribeiro, Governador da Praça de Peniche, solicitando pólvora e munições."
 
"Pedido do Coronel Lourenço de Melo da Silva Sá do Regimento de Infantaria de Peniche, devido a problemas de disciplina."
 
"O Rei duplica o vencimento ao Sargento-Mor João Forbes e Capitão Mac Donell do Regimento de Peniche devido aos bons serviços prestados."
 
"Informação de Manuel da Silva Álvares, Governador das Berlengas, sobre a falta de preparação dos 50 soldados existentes nas berlengas."
 
"Informação do Tenente-Coronel Manuel da Silva Álvares, Governador das Berlengas, solicitando melhorias no castelo de S. João Baptista, nomeadamente reparações na guarnição, faltas de fardamento e camas."
 
"Mauricio António Franco de Sousa Souto Maior, ajudante da fortaleza de S. João Baptista, queixando-se do governador, pela despromoção que foi alvo devido a intrigas."
 
"Diferendos sobre jurisdição militar e civil entre Alexandre do Vale e Silva, Juiz de fora de Peniche e o Sargento-Mor António Coelho Franco, Governador Interino da Praça de Peniche. Pedido realizado ao Marquês de Pombal."

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Naufrágios na Madeira no ano de 1842.

Naufrágio do Creole na Madeira em 1842
 
Em Outubro do ano de 1842 a ilha de Madeira era assolada por fortes ventos do quadrante sul. As tragédias estavam prometidas a todas as embarcações que se encontravam na área.
 
A barca "Elisa" que transportava emigrantes para o Brasil consegue a muito custo safar-se e ruma a Lisboa. A mesma sorte não teve o brigue americano "Créole" que naufraga na praia entre o ilhéu e a pontinha. Para fora do Forte de S. Lázaro encalha a escuna inglesa "Wave". O patacho português "Novo Beijinho", da praça de Setúbal, tem a mesma sorte morrendo alguns dos seus tripulantes. Ainda não refeitos deste último, em cima dele cai o bergantim inglês "Dart". Muitas outras embarcações tiveram o mesmo destino e outras sofreram inormes danos neste vendaval.


segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Mandar peixe fora...

 
Uma questão que tem vindo a ser muito discutida é a situação do peixe que tem de ser mandado borda fora devido ao seu pequeno tamanho. Reconheço que muitas pessoas necessitam desse pescado derivado à sua situação económica, mas como todas as empresas, neste caso embarcações, estas vivem para obter lucros e pouco para serem sociais. Muita gente diz que o estado devia pagar um valor mínimo por todo o pescado. Pois, e se o estado também gratificasse todas as lojas que não vendem, as empresas que produzem e engrossam os seus stocks sem conseguirem escoar os seus produtos e também já agora porque não todas as profissões. Produzam que o estado paga...
 
 Esta é uma questão muito difícil de discutir pois se por um lado o peixe já está morto (na maioria dos casos) por outro como vamos fazer para que o pescador não escolha locais onde o peixe é subdimensionado. A lei atual tenta educar o pescador para procurar zonas com peixe com medida, fazendo assim com que os pequenos cresçam e obtenham posteriormente um lucro maior.
 
O problema está em como fazemos para que o mar tenha pescado daqui a uns anos? Se permitirmos que todo o peixe, seja ele grande ou pequeno, seja desembarcado, o pescador não pensará duas vezes, tudo para terra...

quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Os Partidos Políticos...

(Restos de coleção)
 
A primeira parte está a acontecer novamente. Será que vem aí a segunda?

terça-feira, 1 de outubro de 2013

O Turismo e Peniche.



Desde à muitos anos Peniche é vista como uma terra de turismo. Em Agosto de 1914 saia na imprensa escrita uma página inteira dedicada à deslocação de crianças do Asilo Maria Pia em Lisboa para passarem cerca de 2 meses em Peniche, devido ao ar e banhos de mar.
 
A viagem era feita por mar, pois era o meio mais rápido e cómodo de chegar a qualquer lado. As 365 crianças vieram a bordo do vapor "Extremadura" e desembarcados com embarcações locais de um senhor de Peniche chamado José Acurcio.