sexta-feira, 30 de maio de 2014

Descrição das Barracas de Peniche.





Com base numa mensagem anterior sobre as barracas de Peniche, uma breve descrição destas habitações que foram elevadas em Peniche de Cima, num terreno baldio onde por vezes chegava a maré.

As barracas serviam de residência ou depósito de peixe, assente em alvenaria ou cimento, sendo estas compreendidas por três tipos:

- Em 1910 foram construídas duas barracas em cima de rodas de peças de artilharia, que foram compradas à fortaleza, para o caso de a maré chegar muito perto estas barracas poderem ser movidas pela força dos homens. Estas barracas ainda existiam em 1931;

- Como não podiam fazer as barracas sem licenciamento foram feitas algumas barracas em cima de embarcações - 1910;

- Barracas assentes em estacas, a cerca de 1 metro do chão para evitar que as águas das chuvas apodrecessem o chão. A entrada era realizada por uma tábua com ripas transversais para não se escorregar. No ano de 1934 ainda existiam algumas barracas.

quarta-feira, 21 de maio de 2014

Domínio Público Marítimo.

(Nau dos Corvos e Cabo Carvoeiro - Peniche)

A maioria da população desconhece mas a lei portuguesa protege a costa portuguesa ou pelo menos o tenta fazer contra poderes muitas vezes instalados localmente e nacionalmente. A lei existe à muitos anos e basicamente refere que toda a orla costeira até à linha dos 50 metros a partir da maior maré dos últimos 50 anos pertence ao estado (povo português). Este pedaço de terra é gerido pela atual Agência do Ambiente tendo como apoio as Capitanias dos Portos e Comandos Locais da Polícia Marítima.

Existem excepções, nomeadamente quando um proprietário do terreno consegue comprovar que o mesmo é propriedade particular desde o século XIX, tendo estes até ao ano corrente para dar início ao processo de delimitação. Outra das situações que este tipo de terreno tem dos que se encontram para lá dos 50 metros é que o mesmo não pode ser adquirido por usucapião, logo embora o mesmo possa estar ocupado à anos por qualquer indivíduo e mesmo registado nas finanças este não o pode reclamar como seu. Outras das situações que não estão incluídas são as áreas que se encontram sobre administração portuária, o que acontece em parte da península de Peniche, tendo levado muita gente a construir casas em terrenos que são de todos os portugueses sem pagarem um tostão e reclamando hoje como suas. Mais uma vez quem prevarica é quem lucra, conseguindo um benefício particular em detrimento do bem público.

Porque é que o meu avô era cumpridor da lei, ao invés de ocupar terreno pagou todos os meses uma renda... e não deixou nada...

sábado, 17 de maio de 2014

Eleições Europeias.



Mais uma vez somos chamados a escolher os nossos representantes no Parlamento Europeu, sendo o voto o único meio de nos expressarmos. Já sabemos que muitos de nós não irão usar o voto pelo qual muitos portugueses lutaram, sofreram, choraram e em alguns casos morreram, apenas porque se encontram desencantados com a política. Se eu fizer com que pelo menos um português se desloque para votar já me darei por feliz.
 
Porque é que não votar, votar em branco ou nulo não servem para nada? Porque eles serão eleitos na mesma e ainda por cima mais à vontade. Ao contrário do que eles anunciam e dizem, quanto menos pessoas votarem melhor pois os filiados e famílias irão sempre votar para defenderem o seu lugar nos comandos do país. Vou dar um exemplo:
 
Imaginem que Portugal tem apenas 10 pessoas de população, imaginem que 3 deles são candidatos e que Portugal elege 2 pessoas para os representar no Parlamento Europeu. No dia da votação os dois candidatos mais as esposas vão votar (4), o terceiro candidato vai votar (1) e os cinco restantes não vão às urnas ou votam em branco/nulo. Julgam que os dois representantes de Portugal não são eleitos? São e irão representar as 10 pessoas de população. O terceiro candidato que nunca comandou o país, não tem os apoios das grandes empresas, basicamente ninguém o conhece, não teve sequer hipótese de demonstrar o que pode fazer pelo país, pois ninguém lhe deu crédito por não ter dinheiro para oferecer chapéus, canetas e porta-chaves.
 
Assim o voto de todos é necesessário, para além dos cinco partidos que falam e falam e as coisas não saem da cepa torta existem mais partidos com pessoas que nunca puderam demonstrar os seus ideais.

Partido Nova Democracia (PND)
Movimento Partido da Terra (MPT)
Partido pelos Animais e Natureza (PAN)
Partido Democrático do Atlântico (PDA)
Partido Trabalhista Português (PTP)
Portugal Pró Vida (PPV)
Livre (L)
Movimento Alternativa Socialista (MAS)
Partido Nacional Renovador (PNR)
Partido Popular Monarquico (PPM)
Partido Operario de Unidade Socialista (POUS)
PCTP/MRPP

Se querem realmente demonstrar o vosso desalento votem em quem nunca teve hipótese. Não se esqueçam que os filiados dos partidos nunca deixam de votar.

http://www.rtp.pt/play/p1546/e153366/europeias-2014-entrevistas-aos-cabeca-de-lista

quinta-feira, 15 de maio de 2014

Barracas em Peniche.

(Barracas em Peniche de Cima no primeiro quartel do Século XX)
 
Devido ao desenvolvimento da pesca e industria conserveira começa a afluir muita gentes à vila de  Peniche. Por falta de habitações começam a ser construídas muitas barracas.
 
Em 1933 durante os festejos do Carnaval e devido a estas construções cantavam-se os seguintes versos:
 
Não vás à barraca,
Nem ao barracão:
O comboio apita
Debaixo do chão.
 
Debaixo do chão
É que ele apitou:
Não vás à barraca
Que eu também não vou.
 
Debaixo do chão,
Por cima da linha:
Não vás à barraca
Nem à barraquinha.

quinta-feira, 8 de maio de 2014

Os donos das Berlengas.

(Berlengas no ano de 1897)
 
No ano de 1906 os proprietários das Berlengas propoêm a venda destas ao governo português. O governo português não mostrou interesse e os proprietários entregam a sua venda a uma casa comercial estrangeira. As negociações com a Alemanha começam pretendendo estes fazer uma estação naval e um depósito de carvão. O estado português não consentia sendo proprietário da fortaleza. Segundo os entendidos da época as berlengas serviam para sanatório ou mesmo a construção de casas de correcção agrícolas para menores. Segundo o mesmo artigo de jornal os donos das Berlengas eram os herdeiros de José Maria Monteiro falecido em Peniche no ano de 1896.


terça-feira, 6 de maio de 2014

Colégio na Vila de Peniche

(Costa norte de Peniche - Ano 2000)
 
No ano de 1822 o governo português recebia um pedido de autorização para ser criado em Peniche um colégio que iria subsistir com a herança de um benemérito.