terça-feira, 29 de novembro de 2016

Fortaleza de Peniche na Guerra Civil Portuguesa.


A guerra civil portuguesa começou em 1828 e acabou em 1834 colocando dois irmãos pela disputa de Portugal
D. Pedro IV, Inglaterra, voluntários Belgas, França (a partir de 1830) e Espanha (a partir de 1833) contra o seu irmão D. Miguel apoiado por Espanha (até 1833) colocaram Portugal em estado de sitio.

Em 1833 a Fortaleza de Peniche é colocada em prontidão com cerca de 800 militares.

quarta-feira, 9 de novembro de 2016

1802 - Batalha Naval nas Berlengas

(Fragata)

Em Janeiro de 1802 a fragata espanhola "San António" navegava em águas das Berlengas, Comandada por Don Francisco António Lopategui, a fragata vê cair a noite sendo de imediato perseguida por uma escuna pirata. Por três vezes os piratas tentam abordar o navio sem sucesso. A defesa armada faz-se sentir mas a falta de peças de fogo aliada à falta de pólvora faz com a fragata espanhola tenha que fugir. A navegação e mar que se fazia sentir ajudam os espanhóis que conseguem chegar a Cadiz sem serem feitos prisioneiros.

Mais uma história marítima de Peniche.

terça-feira, 11 de outubro de 2016

Bolas de Berlim...


Embora em Peniche não seja tradição as bolas de berlim dão sempre que falar na época balnear. O que quase ninguém sabe ou simplesmente não quer saber é o porquê de todos os verões serem notícia.

As praias com mais veraneantes são usualmente as praias concessionadas, as quais têm assistência de nadadores-salvadores e material de salvamento. Estes homens e mulheres que zelam pelo nosso bem estar são remunerados e o material que utilizam é pago por alguém e esse alguém não é o estado português, mas sim os empresários de praia. Sempre que vê nadadores salvadores existe uma empresa por trás que lhes proporciona o ordenado e material. Porquê estas empresas assumem essa despesa? Porque o estado português aluga o espaço onde têm os bares de praia com a contrapartida de assumirem a assistência das praias.

Agora imagine que tem essa despesa e chega alguém que não tem despesa nenhuma e começa a vender aos seus potenciais clientes? O que fazia?

Na próxima vez que estiver na praia pense nisto e seja justo. Porque não dar a ganhar a quem garante a nossa segurança.

Mas se se encontrar numa praia sem assistência, aí sim se lhe apetece uma bola de berlim, porque não comprar e saborear.


sábado, 1 de outubro de 2016

Viagem à Costa Vicentina e Alentejana

Decidi, este final de Setembro, com a minha cara metade conhecer outras paragens as quais nunca tinha visitado. Para esse efeito comecei a pesquisar sobre os locais que potencialmente iria visitar. Após muita pesquisa, opiniões e fotos planeei o percurso e aí fui eu na minha carrinha. Tal como me ajudaram com as suas experiências espero que a minha ajude alguém nas suas decisões, embora esta seja apenas e apenas a minha opinião e acredito que muitas opiniões poderão ser contrárias.

Para começar decidi ir para sul pelas estradas sem portagens, não só para poupar assim como passar pelo país real. Acabei por sair de Peniche e dirigir-me a Vila Franca de Xira e ali passar a ponte. Logo a seguir uma estrada espectacular sempre a rolar. Antes de Alcácer do Sal um contratempo, um grande parafuso num dos pneus da frente, nada que duas horas numa oficina de beira de estrada não consertasse.

Ao passar Alcácer do Sal apanhei a pior estrada que alguma vez andei, a nacional 120, foi um martírio, se poderem evitem está mesmo em mau estado. Ao fim de algumas horas lá cheguei à primeira paragem, Praia de São Torpes em Sines, pois a viagem incluía fazer umas ondas em outras paragens. Tive azar, o mar quase que não se mexia. Próxima paragem Porto Corvo, localidade muito pitoresca com uma rua principal muito agradável, mas o silêncio era tanto a meio da tarde que dava para ouvir as conversas das pessoas ao telemóvel :). Para conversar sussurramos para não ouvirem o que falávamos. Óptimo sitio para pernoitar em autocaravana pois até quase no centro existe um parque livre.

Após uma pequena despesa lá fomos para Vila Nova de Milfontes, onde procurei sitio para pernoitar mas autocaravanas nem sinal. Os sítios por onde andei não permitiam a pernoita e mesmo sendo um sitio agradável e pensar em jantar num restaurante local acabei por ir embora pois quem não nos trata bem também não me vê a cor. Se existe local deve ser para trás do sol posto. Querem tudo e acabam por ficar sem nada. Vale a pena visitar a praia do mar pelas pirâmides que os visitantes fazem com as pedras, também lá deixei a minha.

Zambujeira do Mar foi a paragem seguinte. Aqui fui enganado pois acabei por pensar que tratavam bem os caravanistas, acabando por jantar num dos seus restaurantes (Ti Vitória), que por sinal fui novamente enganado. Desta vez, embora tenha tido uma boa refeição e ter um atendimento impecável, questionaram-me se queria uma salada, a qual tinha alface e tomate e pouco mais, como pensei que estava incluída no prato acedi sendo-me cobrado posteriormente (5 Euros). Quando cheguei ao local de pernoita no parque da Praia dos Alteirinhos, reparei que possuía um obstáculo em altura, mas como a carrinha é baixa passei e como já era de noite acabei por ficar sozinho num parque enorme. Também é um sitio muito agradável para visitar.

Odeceixe foi a seguinte, sendo um povoado agradável e merece uma visita. A praia de Odeceixe tem óptimos locais para pernoitar com vista excelente e gostei bastante da praia e do rio que ali desagua. Só um conselho, não deixam à praia com o veículo, deixem-no na parte superior pois a estrada é muito inclinada e não tem muito espaço para estacionar.

Seguidamente a Arrifana, talvez o local que visitei que mais gostei, possivelmente por ter feito o gosto à prancha, mas também pelo ambiente, com um bom número de turistas (estrangeiros), muito parecido com Peniche, mas em número muito, mas muito inferior. Chegada à noite tudo fechado, estranhei pois aquele pessoal tinha desaparecido, após algumas conversas informaram-me que não saem à noite, mas também não existe nada aberto :). Após algum esforço lá descobri um local para comer, pequeno mas muito acolhedor com alguns turistas bem regados e que aconselho a visitar (Tasca da Arrifana), onde acabei a noite. Relativamente aos caravanistas, embora nos sítios principais seja proibido a pernoita é muito fácil arranjar local junto à costa. Para irem para a praia têm de comer dois frangos pois a estrada é muito inclinada e como é difícil levar o carro custou-me bastante carregar com a prancha principalmente na volta.

A viagem estava a acabar e como São Torpes poderia ter umas ondas voltei para cima. A Praia de São Torpes foi de todas a que mais me impressionou, mas pela negativa. Para quem defende um Porto Comercial em Peniche tenha vergonha, aquela praia fede a gasóleo, a areia é um misto de areia suja com petróleo, para não falar que com uma boa ondulação apenas um pico estava a funcionar. A juntar a isto tudo os bares de praia todos fechados, devem estar ricos para estarem encerrados em Setembro com um calor espectacular. Para quem não conhece e devido à orientação da barra do porto é muito parecida com o nosso Molhe Leste e Super-Tubos. A juntar a isto tudo um ambiente de zona super industrializada. Intragável. 

Resumindo, a viagem no seu todo é muito interessante. Ao contrário de Peniche estas paragens estavam quase vazias, muitos restaurantes, lojas e bares fechados. Questiono-me como é que sítios que sempre ouvi falar como super turísticos, no fim de Setembro e com temperaturas nos 30´s e à noite nos 25 graus estavam naquele vazio. Será que Peniche não estará a ficar mal habituada?

terça-feira, 6 de setembro de 2016

Chuveiros na Praia...


O verão está a acabar. De entre muitas coisas que não correram bem uma delas salta à vista de todos.

Com tanta bandeira azul e praias de excelência, o que pressupõe que a praia tem muitas condições para os banhistas, gostaria de saber se os chuveiros não serão um dos requisitos. Segundo me parece um dos critérios é a existência de uma fonte de água potável devidamente protegida (será que isto é um  chuveiro? Ou será uma torneira na casa-de-banho do estabelecimento, muitas vezes fechada à chave?)

Muitas praias de Peniche não tiveram este anos chuveiros ao contrário de outros anos, o que na minha humilde opinião é uma das resoluções mal tomadas. Algumas praias até tinham chuveiros mas a que normalmente eu utilizo (Cova da Alfarroba) obrigava-me a vir "salgadinho" para casa. Pode ser que no ano que vem a coisa melhore.

terça-feira, 26 de julho de 2016

Peniche em 1438.


Num livro de Mariano Calado:

"11 de Junho de 1438 - Carta de Privilégio de D. Duarte de isentar de todos os encargos e servidões uma barca de pesca e o respectivo arrais e outro homem por ele nomeado, sob condição de, pelo menos um dos dois, viver na Atouguia, em Peniche ou Porto Pim e servir de piloto aos navios nacionais e estrangeiros que ao porto quisessem acolher-se."

Porto Pim??? Após uma procura existe é um Porto Pim nos Açores e este junto a Peniche seria onde???



quarta-feira, 29 de junho de 2016

Rendas de Bilros.


D. Maria Augusta Bordalo Pinheiro a grande impulsionadora das rendas de bilros em Peniche. Durante dois anos dirigiu a Escola Industrial D. Maria Pia em Peniche.

segunda-feira, 20 de junho de 2016

Acontecimento Bárbaro


No ano de 1847 um rapazinho de 9 anos é apanhado a roubar em Peniche. O administrador de Peniche decido dar um correctivo e fazer dele um exemplo. A pobre criança é açoitada com um instrumento igual ao da foto, em diversos locais de Peniche, mesmo após a população pedir clemência das diversas vezes. O menino acaba por perder os sentidos e acaba por morrer no dia seguinte.

quinta-feira, 16 de junho de 2016

Guerra Civil - A guerra dos dois irmãos

(Peniche)

Aquando da Guerra Civil de 1828 - 1834, em Agosto do ano de 1833 a fragata portuguesa "D. Pedro IV" desloca-se para Peniche. A embarcação ao chegar, com tripulação de cerca de 300 homens, recebe um pedido de ajuda por parte do governador da Praça de Peniche recebendo a fortaleza cerca de 150 homens. Durante este mês a fragata de 46 metros defende Peniche.

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016

De onde venho?


Sempre pretendi saber as minhas origens, motivo pelo qual não me tenho dedicado a este meu pequeno projecto (blog). 
Comecei a explorar e comecei com os meus familiares e documentos. Após mais de um mês de busca já consegui chegar a alguns parentes longínquos que devem ter nascido nos sec XVI /XVII. Mas este projecto não é fácil e nunca tinha pensado realmente neste assunto. Uma das coisas que me saltaram à vista, e após algumas contas, deparei com uma coisa quase inacreditável. Temos dois progenitores, 4 avôs, 8 bisavôs, 16 trisavôs, 32 tetravôs, 64 quintos-avôs, 128 sextos-avôs, 256, 512, 1024... somos um imenso cocktail de genes.
Nos inícios julgava ter raízes apenas de Peniche, Nazaré e Setúbal. Afinal já vou com ascendentes de Santarém, Coz, Alpedriz, Alhadas (Figueira da Foz), Famalicao (Nazaré) e Atouguia da Baleia. Mas já sei que não vou ficar por aqui.

Para me ajudar nesta busca pelas origens utilizei o www.myheritage.com.pt e o site Tombo.pt que possui os registos de nascimento, casamento e óbito. Alguma letras são indecifráveis mas com um pouco de esforço chegamos ao que pretendemos.

Nos registos de Peniche torna-se muito engraçado ver quais são os sobrenomes que realmente viveram na nossa terra. Boas buscas.

terça-feira, 19 de janeiro de 2016

Instituto de Socorros a Náufragos em Peniche.


Nem sempre o salvamento marítimo foi prioridade dos estados ficando as vitimas do mar à mercê dos bons ofícios dos marítimos das zonas costeiras.

Das primeiras notícias do salvamento em Peniche surge a seguinte noticia publicada no ano de 1893:

"O Instituto de socorros a naufragos vae construír em Peniche
 duas casas abrigo do barco salva vidas e apparelhos porta cabos"