terça-feira, 7 de novembro de 2017

É moda ser contra o petróleo!

(07.11.2017 - 00.40 horas)
Os navios vermelhos são navios tanque de hidrocarbonetos

Hipocrisia? Irreverência? Ser contra o sistema? Ser cool? Ser de esquerda radical?

Não sei, sei simplesmente uma coisa... sem petróleo eles não vivem. Basta vê-los passar nos seus automóveis feitos 100% de plantas plantadas e recolhidas pelo próprio no quintal sem utilização de químicos, a consumirem combustível feito de tetrahidrocanabinol. As suas pequenas casas feitas de colmo e palha recolhida perto do local onde vivem, com eletricidade apenas produzida por uma calha colocada num pequeno ribeiro por trás da tenda de recolha de orvalho produzido na madrugada. Os seus "smartphones" feitos todos de pedra pomes carregados com acesso a uma ventoinha colada na testa e os seus computadores pessoais todos feitos de ervas daninhas todas entrelaçadas com acesso à internet através de router-copo de vidro (não pode ser plástico) furado na base acoplado com um fio feito à base de caneiras. Quanto às roupas apenas compram o indispensável mas tudo sem recorrer a fábricas estrangeiras, compram localmente e apenas com recurso a bichos da seda ou outro material não transgénico. Quando saem à noite andam sempre a pé e apenas bebem cerveja vendida a granel e produzida nos anexos dos bairros da cidade, pois não viajam para outras cidades para não ajudar no aquecimento global. Na manhã seguinte tomam banho com recurso a algas moídas e depois aproveitam-nas para fazer um café, pois o nosso país é um grande produtor de café e mesmo que não seja produtor o café vem a voar nas nuvens. Quando viajam para a India, Tailândia ou outro país emergente para as suas deslocações ambientais (ou não) aproveitam os pássaros de arribação e vão agarrados nas suas caudas pois os aviões ainda são um dos maiores poluidores do planeta .

Não, não sou contra a exploração de petróleo, embora reconheça que devemos cada vez mais fazer um esforço para utilizarmos energia renovável. É patético que sejam contra a instalação de plataformas petrolíferas a 200 milhas (370 Kms) da nossa costa quando passam navios petroleiros do Panamá e outros países de países menos recomendáveis a menos 20 milhas de Peniche, navios estes que são destas nacionalidades para cumprirem menos obrigações que os comunitários.

O engraçado disto tudo é que muitos movimentos contra-petróleo, políticos, cientistas e afins são patrocinados por países produtores de petróleo os quais tentam travar novos furos para poderem continuar a enriquecer e a esmifrar os países que não possuem este recursos.

domingo, 8 de outubro de 2017

Peniche na Guerra de Sucessão Austríaca.

Guerra de Sucessão Austríaca - Batalha de Fontenay (1745)

O corsário espanhol Joseph de Torres apreende duas embarcações inglesas que se encontravam no porto de Peniche em maio de 1741, durante a guerra que opunha entre outras nações a Espanha e a Inglaterra.

sábado, 20 de maio de 2017

Os culpados do costume!!!



              O interior de uma viatura foi alvo de furto, tendo sido levado inúmeros bens do seu interior. É uma situação que ninguém deseja, pois ficamos com um sentimento de invasão de privacidade, para além do valor sentimental e económico dos bens. Mas afinal quem são os culpados? Não são os donos que mostram tudo o que têm no interior da viatura e que os deixam tipo chamariz. Não são os coitados dos ladrões que apenas querem ter um pouco mais de autonomia financeira. Não são os pais destes ditos senhores que não lhes ensinaram as regras de bem viver em sociedade. Não é a escola que em invés de os trazer para o lado correto, os colocou do lado de fora. Não é culpa do estado que forneça a estes senhores todos os direitos e mais alguns em invés desses direitos serem atribuídos às vitimas. Não é culpa dos tribunais quando estes chegam ao seu interior e são mais depressa liberados que quem os colocou lá. Não é culpa dos espertos que gostam de comprar os aparelhos furtados por metade do preço. Não é culpa da segurança social que forneça aos ditos subsídios atrás de subsídios. Não é culpa do sistema prisional que ao invés de os trabalhar no sentido correto, mais parece um depósito de malfeitores. Não é culpa dos "cidadãos de bem" que muitas vezes testemunham as situações e colocam-se na maioria das vezes de fora, porque não querem problemas. Não é culpa da economia que faz jovens e menos jovens terem que se desenrascar por outros meios devido à falta de oportunidade no mercado de trabalho.
             Afinal de quem é a culpa? Eu sei de quem é a culpa. São dos senhores vestidos de azul. Essa corja que recebe ordenados chorudos, muitos deles deslocados das suas famílias, sim famílias como qualquer um de nós, vivem em camaratas e respectivos beliches, com condições na maioria das vezes inferiores aos indivíduos que praticam crimes. Estes senhores que possuem as mais altas tecnologias de material e de trabalho. Esses senhores que olham para um indivíduo dentro de um carro e conseguem através da psique desvendar se o mesmo é o dono do dito. Esses senhores de azul que têm de despender horas atrás de horas, sem sequer ser remunerado por isso, porque trabalha para o bem comum. Esses senhores que podem estar uma vida inteira a fazer o seu trabalho correctamente e num ápice passa a ser o pior dos seres humanos. Esses senhores que tentam travar o ímpeto de alguns que se julgam os "fitipaldi" das estradas e que por vezes matam quem afinal ia a passar uma estrada estragando assim a vida de famílias inteiras. Esses senhores de azul que na maioria das vezes têm áreas enormes para patrulhar, pois os recursos humanos são escassos, mas que devem estar omnipresentes em todo o lado, tipo "Deus" estão a ver. Sim, estes últimos são os culpados de todos os actos cometidos pelos outros.

terça-feira, 25 de abril de 2017

Heróis Desconhecidos.

(Porto da Areia Sul)

Ainda existem heróis. Sim existem mas em pequena escala, infelizmente, e não são os que aparecem na televisão (futebolistas, actores e por aí alem), esses recebem muito para o que fazem. Heróis são aqueles que sem protagonismo ou pagamento de qualquer espécie o fazem de alma sem esperar nada em troca, a não ser preencher a sua vida com actos meritórios e satisfação e tentar melhorar a vida dos outros.

Este post é um reconhecimento da minha parte de dois desses heróis desconhecidos. À cerca de dois dias desloquei-me logo de manhã ao Hospital Veterinário do Oeste, infelizmente havia acontecido com um dos meus um acidente que se veio a revelar-se fatal. Mas tal como eu encontrava-se um pai e filho, residentes na zona de Torres Vedras, nesse hospital. Tinham ido para a pesca para Peniche durante a noite, e no carreiro da Furninha começaram a ouvir um ganir no meio das pedras. Deparam-se com uma cadelinha branquinha muito jovem.

Se fossem como uma parte dos humanos, simplesmente a deixavam lá, se fossem como uma grande maioria tentavam logo passar o problema a outros (Câmara e Policias) e diziam para si "já fizemos o que nos competia, somos mesmo defensores dos animais", colocavam fotos no facebook a criticar quem a tinha abandonado e vangloriavam-se do seu amor pelos animais. 

Mas afinal não eram nenhuns dos humanos atrás referidos. Eram para mim daqueles humanos que os considero heróis. Simplesmente agarraram no animal, trataram-na o melhor que podiam e foram eles mesmo ao Hospital. Infelizmente a cadelinha tinha os pulmões cheios de água e mesmo após tentativas de reanimação acabou por falecer. Os heróis acabaram por pagar a factura do Hospital e demonstraram o amor por um animal que nem era deles. Estes sim são heróis, pelo menos para mim são.

terça-feira, 28 de março de 2017

Como são capazes!



Parece mentira mas é a verdade.

Não estou contra usufruir de desempregados que estejam a receber o subsidio de desemprego em algumas necessidades pontuais por vezes necessárias na administração central, regional ou local. Mas estou contra o trabalho "escravo" e na grande maioria dos casos a utilização desta mão de obra subsidiada para prover lugares onde deviam estar pessoas contratadas.

Este caso passou-se com um familiar meu. Por acasos da vida acabou por ter que inscrever-se no Centro de Emprego e ter que usufruir do subsidio de desemprego. Como o trabalho tinha sido um trabalho muito precário, acabou por ficar com um subsidio de pouco mais de 200 euros. Este enorme valor que pouco mais dava que pagar a alimentação, para quem é mãe de família, com um filho menor, de pouco lhe valia, continuando a tentar encontrar emprego neste nosso concelho que ou tens conhecimentos ou ficas nas estatísticas do desemprego.

Mas um belo dia, entre as apresentações obrigatórias naquele edifício junto ao antigo dispensário, disseram-lhe "Temos um trabalho para si". Contente por ouvir aquela frase, quis logo passar à fase seguinte. Mas a fase seguinte foi tudo menos empolgante. A frase "A nossa autarquia precisa de pessoas para guardar as igrejas na belíssima rota das Igrejas, mas continua a receber o subsidio e pagam-lhe o subsidio da alimentação. Se não quiser cortamos o subsidio de desemprego".

Portanto, a autarquia quer ter um empregado a trabalhar tarde e noite nos dias de semana, sábados, domingos e feriados por um total de 300 euros sem qualquer contrato. Mas ainda não acabava por aqui, teria de deslocar-se para fora da cidade de Peniche (existem igrejas no resto do concelho que faziam parte da dita rota) a suas expensas, pois não existem transportes públicos à noite.

Este cartaz acaba por ser anedótico, pois é lançado pelo mesmo partido que gere o nosso concelho. O mesmo concelho que utilizou pessoas subsidiadas para suprir lugares que deveriam ser ocupadas por pessoas que se encontram desempregadas e que tanto procuram ter um ordenado condigno no fim do mês.