Corria o ano de 1912 e Peniche era considerada a Capital da Lagosta Portuguesa. Actividade exercida por familias inteiras, utilizava artes caladas e covos com embarcações de três/quatro homens. Nessa altura embarcações de Espanha e França vinham a Peniche comprar este manjar pelo qual pagavam muito bem. Cerca de 300 a 500 réis recebiam os exportadores por cada unidade (D.Lourenço Zaragoza e Joaquim Petinga). Mas a apanha da lagosta começou a rarear conforme é notório nos números seguintes: 1910 - 70.140 unidades; 1911 - 33.932 unidades; 1912 - 13.326 unidades.
Por essas alturas começaram a aparecer embarcações espanholas e francesas que com as suas artes começaram a fazer concorrência aos penicheiros que se referiam a eles como "os piratas, os larápios".
Hoje nem vê-las, pelo menos na Docapesca elas não aparecem...
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