terça-feira, 18 de junho de 2013

Boers em Peniche.

 
No século XVII muitos holandeses e franceses se deslocam para o sul de África, ocupando e escravizando os povos daquela extremidade africana. No fim do século XVIII os ingleses tomam posse da África do Sul, local já ocupado por este povo que se denominavam "Boers". A guerra não demorou a fazer-se sentir. Assim entre 1899 e 1902 decorreu a II guerra anglo-boer, onde os ingleses melhor equipados acabam por conseguir ganhar apoiados por cerca de 500 mil homens bem armados contra agricultores (boers queria dizer agricultores) mal equipados.
 
Boers com espingardas de tiro único
(delagoabayword.wordpress.com)
 
Os ingleses queimam quintas e reduzem a escombros todas as habitações, colocando em campos de concentração os prisioneiros. Um terço da população boer é dizimada em combate, doenças e torturas. Muitos dos boers acabam por fugir para Moçambique. A sua ligação a Peniche começa aí. Os ingleses com medo que se organizassem para contra-atacar exigem ao governo português uma solução. A solução foi transportar os boers para Portugal em navio portugueses. Na sua chegada a Portugal são tratados como heróis.
Em Março de 1901 são transportados para Peniche 380 homens que são colocados em habitações na Rua Infantaria 13 e Travessa do Baluarte da Misericórdia. São colocados outros grupos nas Caldas da Rainha, Alcobaça entre outros locais.
 
Boers no jardim de Peniche
 
Os boers eram prisioneiros de guerra, mas podiam deslocar-se para onde quizessem tendo apenas que se apresentar duas vezes por dia aos seus guardas. Alguns acabam por falecer e jazem no cemitério de Peniche
 
Quantas pequenas tradições, dizeres ou mesmo descendência deve ter deixado este povo nas gentes de Peniche... talvez o nosso grande museu tenha essas informações...

2 comentários:

Tisha disse...

A sua falta de conhecimento sobre as circunstancias deste guerra é absolutamente incrível. É melhor não escrever NADA, do que escrever parcialmente mentiras e inverdades.

Recomendo vivamente um estudo bem mais profundo deste assunto antes de tentar expor a sua ignorância.

Como descendente directa destes Boers, como os meus familiares mortos em sangue frio na quinta que os Ingleses viraram queimar, levando o meu bis-avó e seu filho de 15 anos como prisioneiros de guerra para o exílio na Índia, onde o bis-avó e seu sogro de 77 morreram. Na quinta, um outro filho foi fuzilado em sangue frio, enquanto as mulheres, e as crianças, como todos os trabalhadores de quinta foram levado a um campo de concentração onde milhares de crianças morreram de doenças e de fome!

Para sua informação havia DUAS republicas independentes, com as Independências concedidas pela Grande Bretanha, mas entretanto foi descoberta as áreas mais ricas de ouro e diamantes no mundo, e obviamente os Ingleses não podia desistir o seu ganancia pelo tal tesouro.

Sobre as suas confirmação da escravidão e tortura dos holandês e francês no Cabo, é treta... vá estudar o assunto...

Peniche Nautico disse...

Nada do que disse contraria o descrito na mensagem por mim publicada.

Também é normal que queira defender os seus antepassados, mas certo é que qualquer povo europeu (incluindo os portugueses) que tenha invadido os territórios africanos, mataram, torturaram, violaram, queimaram e fizeram muitas coisas horríveis às populações indígenas. Pode vociferar o que quiser mas esta é a horrível verdade e não há maior cego do aquele que não quer ver.