terça-feira, 16 de abril de 2013

Herois do Mar.

 
Não podia deixar passar tamanha tragédia que aconteceu na praia da Figueira da Foz. Uma embarcação de recreio alemã decide fazer-se ao mar quando se encontrava no porto de Peniche, mesmo sabendo que a previsão marítima não era animadora e sendo avisados sobre esse facto. Mesmo assim decidem zarpar do porto.
 
No dia seguinte tentam entrar no porto da Figueira da Foz. A barra do porto encontrava-se encerrada a embarcações de pequeno porte o que indica que a barra não apresentava condições de segurança para embarcações menores. Sucede-se o pedido de ajuda. Os estrangeiros que não tinham ligado nenhuma aos avisos têm que ser salvos pelo povo português. Saem duas embarcações, uma apropriada para salvamento e a uma outra um semirigido da Polícia Marítima. Ambas são empregues na nobreza do salvamento marítimo, mas infelizmente um dos meios acaba por sucumbir às fortes ondas que se faziam sentir. Pior ainda, o mar reclama duas vidas. Um dos teimosos e um homem que certamente queria tudo menos estar naquele local.
 
Haverá culpados desta situação? Eu não sei, mas sei de uma coisa, quem vai acarinhar e tapar durante as frias noites as duas crianças que ficaram sem o pai? Quem lhes vai ensinar as pequenas coisas da vida? Eu sei quem não vai estar lá nos momentos importantes.
 
Mas a situação não fica por aqui. A chamada nação valente e imortal que tanto é apregoada como uma nação que se deve tornar a voltar para o mar, nem sequer ligou ao sucedido. Os políticos/governantes não compareceram, muito menos a comunicação social que dedicou mais tempo ao diz que disse da política do que ao heroísmo destes homens. Que país é este que dá mais crédito a mentirosos e ladrões, atores e futebolistas, jornalistas e afins, que a homens que todos os dias arriscam as suas vidas para alguém que é salvo poder juntar-se aos seus... 

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